Texto Bíblico:
Ap 2.12-17

·
Havia também o
culto a Esculápio, o “deus salvador”, o deus serpente das curas. Seu colégio de
sacerdotes médicos era famoso. Naquela época mantinha 200 santuários no mundo
inteiro. A sede era em Pérgamo, uma famosa escola de medicina. Para ali
peregrinavam e convergiam pessoas doentes do mundo inteiro em busca de saúde. A
crendice misturava-se com a ciência e, assim, as curas eram atribuídas ao poder
de Esculápio.
· Ficava em Pérgamo
o centro asiático do culto ao Imperador. O culto ao imperador era o elemento
unificador para a diversidade cultural e política do império. O imperador encarnava o espírito da deusa
Roma. Uma vez por ano, os súditos deviam ir ao templo de César e queimar incenso
dizendo: “César é o Senhor”. Fazendo isso, podiam ter qualquer outra religião.
· Cristo afirma que
em Pérgamo estava o trono de Satanás. Ele não apenas habitava na cidade, mas lá
estava o seu trono. O trono de Satanás não estava num edifício, como hoje
sugerem os defensores do movimento de Batalha Espiritual, mas no sistema da
cidade. O trono de Satanás é marcado pela pressão e pela sedução. Onde Satanás
reina predomina a cegueira espiritual floresce o misticismo, propaga-se o
paganismo, a mentira religiosa bem como a perseguição e a sedução ao povo de
Deus.
· Cristo não apenas
conhece as obras da igreja e suas tribulações. Mas também conhece a tentação
que assedia a igreja, conhece o ambiente que ela vive. Cristo sabe que a igreja
está rodeada por uma sociedade não-cristã, com valores mundanos, com heresias
nos bombardeando a todo instante.
2. Cristo vê
uma igreja capaz de enfrentar até a morte por causa dEle – v. 13
· Cristo conhece a
lealdade que a igreja lhe dedica. A despeito do poder do culto pagão a Zeus, a
Esculápio e ao imperador, os crentes da igreja de Pérgamo só professavam o nome
de Jesus. Eles tinham mantido suas próprias convicções teológicas no meio dessa
babel religiosa. A perseguição religiosa não os intimidou.
· A igreja suportou
provas extremas. Antipas, pastor de Pérgamo, segundo Tertuliano, foi colocado
dentro de um boi de bronze e este foi levado ao fogo até ficar vermelho,
morrendo o servo de Deus sufocado e queimado. Ele resistiu à apostasia até a
morte.
II. A EXORTAÇÃO
1. O Perigo da Igreja que começa a negociar a verdade – v. 14
- Como Satanás não logrou êxito contra a igreja usando a perseguição, mudou a sua tática, e usou a sedução. A proposta hoje em dia continua mesma para as Igrejas: não é substituição, mas mistura; não é apostasia aberta, mas ecumenismo.
- Alguns membros da igreja começaram a abrir a guarda e a ceder diante da sedução do engano religioso. Na igreja havia crentes que permaneciam fiéis, enquanto outros estavam se desviando da verdade. Numa mesma congregação há aqueles que permanecem firmes e aqueles que caem. Há muitas coisas estranhas que acontecem nas Igrejas em nome de Deus que são ações de um espírito de engano. Devemos ter discernimento.
· O pecado
enfraquece a igreja. A igreja só é forte quando é santa. Sempre que a igreja se
mistura com o mundo e adota o seu estilo da vida, ela perde o seu poder e sua
influência.
· O grande problema
da igreja de Pérgamo é que enquanto uns sustentavam a doutrina de Balaão os
demais membros da igreja se calaram num silêncio estranho. A infidelidade
aninhou-se dentro da igreja com a adesão de uns, e o conformismo dos outros. A
igreja tornou-se infiel.
Os nicolaítas
ensinavam que o crente não precisa ser diferente. Quanto mais ele pecar maior
será a graça. Quanto mais ele se entregar aos apetites da carne, maior será a
oportunidade do perdão. Eles faziam apologia ao pecado. Eles defendiam que os
crentes precisam ser iguais aos pagãos. Eles deviam se conformar com o mundo.
· A mensagem da verdade se tornará a mensagem do
julgamento. Deus nos fará
responsáveis por nossa atitude em face da verdade que conhecemos. Jesus disse que
a sua própria palavra é que condenará o ímpio do dia do juízo (Jo 12:47-48).
IV. A
PROMESSA – V. 17
2. Os
vencedores receberão uma pedrinha branca. Esta pedrinha era usada nos tribunais para veredito dos jurados. A
sentença de absolvição correspondia a uma maioria de pedras brancas e a de
condenação a uma maioria de pedras pretas. O cristão é declarado justo,
inocente, sem culpa diante do Trono de Deus. Era, também, usada como bilhete de
entrada em festivais públicos. A pedrinha branca é símbolo da nossa admissão no
céu, na festa das bodas do Cordeiro.
3.
Os vencedores receberão um novo nome. O novo nome quem nos dará é o Senhor. É algo
novo que ninguém conhece somente Ele e nós que receberemos dele.
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