
I. A GUERRA ESPIRITUAL – V. 1-7
1. O exército de Deus – v. 1-2. Judas usa
três expressões para descrever os crentes: a) Chamados – Foi Deus quem nos escolheu primeiro. Ele nos predestinou
e nos chamou. b) Amados – Deus nos
amou com amor eterno. Ele nos amou primeiro. c) Guardados – Enquanto Deus preserva os anjos caídos (v. 6) e os
falsos mestres (v. 13) para condenação, preserva os crentes para a glória (v.
1).
Ele usa mais
três expressões para descrever as bênçãos que os crentes possuem e que podem
ser multiplicadas: a) Misericórdia –
Deus em sua misericórdia não nos dá o que merecemos, visto que lançou sobre o
seu Filho o castigo que era nosso; b) Paz
– Uma pessoa não convertida está em guerra contra Deus, mas por causa da
obra de Cristo na cruz, fomos reconciliados com Deus e temos paz com Deus. c) Amor – A cruz é a demonstração do amor
de Deus. Os apóstatas podem pecar, cair e sofrer condenação, mas os verdadeiros
crentes são guardados em segurança em Cristo por toda a eternidade.
. Os inimigos da Igreja – v. 3-4
A igreja
estava sendo minada por inimigos terríveis: apóstatas, falsos líderes, falsos
pastores, falsos mestres. Judas nos dá as características deles:
a) Dissimulados – v. 4a – Os falsos
mestres entram na igreja porque os crentes dormem (Mt 13:25, 38). Eles surgem
de fora e muitos estão dentro da igreja (At 20:29-30).
b)Ímpios – v. 4b – Eles dizem pertencer a
Deus, mas eles são ímpios na sua forma de pensar e agir (2 Tm 3:5).
c)Inimigos da graça de Deus – v. 4c –
Eles entram na igreja para mudar a doutrina. Eles querem encontrar base
doutrinária para justificar sua conduta libertina. Prometem liberdade, quando
eles mesmos são escravos do pecado. Falam de poder quando na verdade são latas
vazias fazendo barulho; falam de prosperidade quando nas suas vidas um rastro
de miséria os acompanha.
d)Negam a supremacia de Jesus Cristo – v.
4d – Eles podiam até afirmar que Jesus era um grande mestre, mas não o
verdadeiro e soberano Deus e Senhor. Estão sempre inventando heresias e
trazendo novidades de outras religiões pagãs para dentro da Igreja.
e)São destinados para a condenação – v.
4b – O texto não está dizendo que eles foram destinados para serem apóstatas,
como se Deus fosse responsável por seus pecados. Por se tornarem apóstatas Deus
os destinou à condenação.
II. BATALHANDO PELA FÉ, V. 5-7
A carta de
Judas dá três exemplos do juízo de Deus sobre aqueles que resistiram a Sua
autoridade e se apartaram da verdade: a)Israel
– v. 5 – Os pecados de Israel foram registrados para nos alertar (1 Co
10:11). Aqueles que se apartaram da verdade pereceram no deserto; b)Os anjos caídos – v. 6 – Deus exerceu o
seu juízo sobre os anjos caídos e os condenou ao inferno (2 Pe 2:4); c)Sodoma e Gomorra – v. 7 – Os sodomitas
entregaram-se à prostituição, adultério e ao homossexualismo e Deus os condenou
ao fogo eterno.
O pecado
de Israel foi incredulidade. O pecado dos anjos foi rebelião contra a
autoridade de Deus e o pecado de Sodoma foi indecência moral. Do mesmo jeito
que Deus julgou os anjos, os moradores de Sodoma e Israel, ele julgará os
falsos mestres. Ninguém poderá
rebelar-se contra a autoridade de Deus e prevalecer.
II. QUEM SÃO ESSES INIMIGOS? – V. 8-16
1. São aqueles que rejeitam a autoridade
divina – v. 8-11. Toda a autoridade vem de Deus. Aqueles que exercem autoridade
devem estar debaixo de autoridade. Os apóstatas se colocavam acima das
Escrituras e dos apóstolos (v. 8). A
causa da rebelião é que eles são sonhadores alucinados (v. 8) e vivem num
mundo irreal e ilusório. Eles crêem na mentira de Satanás (Gn 3:5) e se tornam
como animais que vivem guiados pelo instinto (v. 10 e 2 Pe 2:12, 22). Eles se
entregam à luxúria (v. 8) e demonstram sua rebelião contra Deus (v. 8c, 10; Sl 73:9,
11). A consequência da rebelião é
que eles se corrompem ou se destroem (v. 10c). O caminho da rebelião é o
caminho da ruína.
2. CASOS DE REBELIÃO NO ANTIGO TESTAMENTO
CITADOS COMO EXEMPLOS.
a)O caminho de Caim – Caim rebelou-se
contra o caminho de Deus para a salvação (1 Jo 3:11-12). Caim rejeitou o
caminho da salvação pela graça porque
queria agradar a Deus sem fé. O caminho de Caim é o caminho do orgulho, da
justiça própria.
b)O erro de Balaão – O erro de Balaão foi
a ganância de comercializar o dom de Deus e o ministério com o fim de ganhar
dinheiro (2 Pe 2:15-16). Os falsos mestres trabalham na igreja para ganhar
dinheiro (1 Ts 2:5-6; 1 Tm 6:3-21). Balaão induziu o povo de Deus a pecar.
c)A revolta de Coré – Coré se rebelou
contra a autoridade de Moisés e consequentemente contra a autoridade de Deus
concedida a Moisés. Deus o julgou.
3. METÁFORAS USADAS PARA OS FALSOS MESTRES –
V. 12-13,16
a)Rochas submersas nas festas de fraternidade
– Eles se infiltram no meio da igreja para provocar acidentes e naufrágios espirituais;
b)Pastores que se apascentam a si mesmos
– Eles usam e abusam do povo em vez de cuidar do povo (2 Co 11:20; Ez 34:2)c)Nuvens sem água – Nuvens que prometem
chuva, mas desapontam em trazer a água. Os apóstatas parecem trazer ajuda
espiritual para as pessoas, mas fracassam. Eles prometem liberdade, mas são
escravos (2 Pe 2:19). Eles não têm a doutrina (Dt 32:2; Is 55:10) por isso são
nuvens sem água; d)Árvores mortas –
São árvores sem fruto e sem raiz. Que contraste com os justos (Sl 1:3). O fruto
é a marca do discípulo (Jo 15:8); e)Ondas
bravias do mar – A onda revolta do mar traz sujeira e perigo (Is 57:20); f)Estrelas errantes – Estrelas errantes
só podem conduzir as pessoas ao abismo em que elas mesmas são lançadas; g)Murmuradores e aduladores – v. 16 e h)Eles
receberão sua devida penalidade – v. 14-15
4. O JUÍZO DE DEUS SERÁ:
a)Pessoal – Enoque diz que não um
acontecimento como o dilúvio, mas o próprio Senhor virá pessoalmente exercer
juízo (v. 14-15); b) Universal – O
juízo final apanhará a todos os ímpios (v. 15). Ninguém escapará do justo e
reto juízo de Deus. Somente aqueles que são selados estarão seguros (Rm
8:31-39)e c) Justo – Deus fará
convictos todos os ímpios (v. 15) acerca de todas as obras ímpias que
impiamente praticaram e todas as suas palavras insolentes (v.15).
III. DEVEMOS FICAR FIRMES BATALHANDO PELA FÉ, V.
17-25
1. A Palavra de Deus é a nossa arma – v.
17-19
a)As Escrituras vieram-nos através dos
apóstolos. Os falsos apóstolos queriam se colocar acima dos apóstolos de
Jesus Cristo. Chamavam-se a si mesmo de apóstolos e diziam ter novas revelações
de Deus; b)Os apóstolos já haviam alertado sobre o perigo dos falsos mestres e
dos falsos ensinos (1 Tm 4:1; 1 Jo 4:1; 2 Pe 2; 3:3); Os falsos mestres desejam
dividir a igreja e levar os crentes para fora da verdadeira comunhão dos santos
(At 20:30). Eles não só dividem a igreja, mas a enganam, porque eles não têm o
Espírito Santo (v. 19b).
2. Edifique a sua vida cristã – v. 20-21
a)O fundamento para a vida cristã – A
nossa fé santíssima ( A Palavra); b)O poder para edificá-la – A oração no
Espírito. Assim, a Palavra de Deus e a oração devem andar juntas para a
edificação da igreja (At 6:4).
3. Comprometa-se com a evangelização –
v. 22-23
a)Compadeça dos que estão na dúvida – São
as pessoas que estão confusas com os falsos ensinos, sendo seduzidas pelo
engano. Ensine a Palavra para elas. Mostre o poder do evangelho; b)Salve os que estão no fogo – Assim como
os anjos tiraram Ló de Sodoma, devemos tirar aqueles que estão nas garras dos
falsos mestres. e c)Cuidado para não se
queimar ao tentar salvar os outros
do fogo – “sede compassivos em temor, detestando até a roupa contaminada
pela carne”. Devemos amar o pecador, mas abominar o pecado.
CONCLUSÃO: v. 24 E 25. Tenhamos comunhão
permanente com Cristo Jesus, Nosso Senhor e Salvador que é poderoso para nos
guardar de tropeço e poderoso para nos levar para a glória.Seja o Senhor Jesus
exaltado de eternidade a eternidade para sempre pelos séculos dos séculos. A
Igreja Betel é a Igreja da Palavra.Por causa da ação da Palavra é que temos
discernimento para uma vida vitoriosa e feliz, batalhando sempre pela fé que
nos foi dada. SOLI DEO GLORIA.
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