E“... E LHES CONCEDESTE O TEU BOM ESPÍRITO PARA OS ENSINAR”: UM ESTUDO EM NEEMIAS




Parte IX
Texto Bíblico: Neemias 9.16-37,10.1-39

 No estudo anterior vimos que os levitas oraram ao Senhor trazendo á memória de Deus e de todo o povo os atos maravilhosos de Deus a favor de Israel. Na verdade, esta oração apresentou uma síntese da história do povo de Israel, desde sua origem com a eleição de Abraão até a restauração dos muros de Jerusalém. Foi, também,o resultado da leitura, exposição e aplicação da Palavra de Deus, durante 21 dias.

I. Na oração os levitas frisaram, 9.16-27:
1. A bondade de Deus: cuidado de Deus, direção de Deus na vida do seu povo, na provisão espiritual; na provisão material; na família; na herança imerecida;
2. A rebeldia e ingratidão do povo: desobediência ostensiva; esquecimento dos milagres de Deus; saudade do passado de escravidão; apostasia da adoração; rejeição de Deus, da mensagem e do mensageiro e uma volta para Deus superficial e utilitária (v. 27,28).
 3. A disciplina de Deus: quem não obedece a Palavra, é disciplinado por Deus (v. 27, 28,30). Foi Deus quem os entregou. Eles foram derrotados pelos seus pecados e não pela força do adversário. Até mesmo a disciplina foi um ato do amor responsável de Deus pelo seu povo.
 4) Quem se volta para Deus arrependido, sempre é perdoado (v. 27, 28, 30,31). Na hora da angústia, quando o povo clamava ao Senhor, ele os ouvia, os perdoava e enviava-lhes um libertador (v. 27).Deus, pelas suas misericórdias, livrou o povo muitas vezes (v. 28).
 II. A JUSTIÇA DE DEUS E O CLAMOR DO POVO – v. 32-37
1. A justiça de Deus – v. 32,33. Eles reconhecem que Deus tem agido sempre com justiça (v. 34). Deus entregou o povo de Israel nas mãos de seus inimigos. Eles foram levados cativos pela Assíria em 722 A.C., e pela Babilônia em 586 A.C. Perderam sua terra, seu templo, suas casas, suas famílias, sua liberdade. O pecado produz escravidão. O pecado nos enfraquece e nos aflige.
 2. Um clamor por misericórdia – v. 32-37. O povo de Israel sabia também que Deus é grande, poderoso, temível, fiel e justo, mas desafiou a Deus. Eles tinham uma teologia e outra prática. Eles professavam uma fé e viviam em desacordo com essa fé. O reconhecimento que o pecado se estende aos líderes políticos e religiosos (v. 34) – Na verdade, o pecado começa com esses líderes.  Todos eram culpados.

3. O reconhecimento de uma grande ingratidão (v. 35) – Nada lhes faltou (v. 21), exceto a gratidão (v. 35). Deus lhes deu a terra e fartura, mas eles não serviram a Deus nem se converteram de suas más obras (v. 35).  Sempre que o povo recebia as bênçãos de Deus seu coração se apartava de Deus. Substituía Deus pelas suas bênçãos.
4. O reconhecimento de uma servidão assoladora (v. 36-37) – O pecado trouxe escravidão. A escravidão alcançou: 1) A terra; 2) Seus corpos; 3) Seus bens; 4) O fruto de seu trabalho.
5. O reconhecimento acerca da necessidade de comunhão (v. 32,33,34,37b) – 1) “Não menosprezes toda a aflição que nos sobreveio” (v. 32). Só a volta a terra não bastava se continuavam oprimidos.
III. A RAZÃO E A BASE DO AVIVAMENTO – A PALAVRA DE DEUS
1. O Avivamento começou quando o povo voltou-se para a Palavra de Deus – 8:1
 2. A Palavra de Deus estabelece a base e os limites do avivamento, v. 29. A aliança é feita com base na Palavra. O compromisso é andar e guardar e cumprir os mandamentos, juízos e estatutos da Palavra. O conhecimento precisa produzir transformação.A Doutrina precisa produzir experiência e experiência precisa desaguar na prática.Muitos dizem crer na Bíblia, mas não obedecem seus ensinos. A autoridade da Bíblia tem sido atacada por “amigos” de dentro da igreja e inimigos de fora.
 3. O Avivamento começou quando o povo saiu do sentimento para a ação – 9:38. Para que tudo não fique apenas num nível sentimental, eles firmam uma aliança, com o Deus da aliança, guardador de alianças e a escrevem e a assinam. Eles se comprometem pessoalmente, coletivamente e publicamente com Deus.
 IV. OS PARTICIPANTES DO AVIVAMENTO
1. A liderança precisa ser exemplo no avivamento – 9:38. 10:1-27.Os príncipes, os levitas e os sacerdotes foram à frente e depois todo o povo seguiu seus passos (v. 28). A liderança não pode ficar de fora. Ela precisa estar na frente.
 2. Todo o povo aderiu ao avivamento – v. 28,29. Os grandes avivamentos surgiram quando o povo entrou em aliança com Deus para o buscar, para o conhecer, para o obedecer.Vivemos hoje uma espiritualidade centrada no homem, no que podemos receber de Deus. Precisamos voltar-nos para Deus por causa de Deus.
 V. OS COMPROMISSOS DO AVIVAMENTO – v. 28-39.
 1. Consagração a Deus – v. 28. Precisamos nos lembrar que “as más conversações corrompem os bons costumes”. Estamos no mundo, mas não somos do mundo.


 2. Observância da Palavra de Deus – v. 29
 3. A proibição do casamento misto – v. 30. O princípio espiritual tratado aqui lealdade a Deus.Essas uniões mistas com estrangeiros pagãos era condenada pela lei (Ex 34:12-16), mas era permitida quando o estrangeiro era convertido a Deus (exemplo, Ruth).
4. A observância do dia do Senhor – v. 31
 Deus instituiu um dia para o descanso. Um dia para o homem cessar suas atividades de comprar e vender e voltar-se para ele em adoração. Nesse dia nenhum trabalho deve ser feito. É o dia do Senhor. O domingo é o dia do descanso do povo de Deus. O sábado é o memorial da criação. O domingo é o memorial da ressurreição. Um dos sinais de todo reavivamento na história, é a volta à observância do dia do Senhor. Hoje não se prepara mais para o dia do Senhor. Nossas festas entram no dia do Senhor e aí as pessoas preferem dormir a vir a Casa de Deus. Não buscamos mais o Senhor em primeiro lugar. A busca do lucro em vez da busca da piedade pode um grande laço espiritual. É por esta porta que começa a secularização da igreja.
 5. A observância do ano sabático – v. 31b. O princípio espiritual tratado aqui é a ansiedade pelo futuro e a confiança em Deus .O ano sabático era o ano de descanso da terra e o o ano do jubileu, o ano do perdão das dívidas. O povo precisava compreender que a terra é de Deus. O propósito de Deus não era apenas de mordomia, mas também de confiança na providência divina, ao mesmo tempo que protegia o povo da ganância.
 6. A observância das ofertas para a manutenção do culto – v. 32-34. Eles deviam prover a casa de Deus de todos os elementos do culto: os pães, os holocaustos, a lenha. Os sacerdotes e os levitas não apenas cobraram do povo, eles também com alegria e sacrifício ofertaram para a manutenção da Casa de Deus. Era uma obrigação de cada judeu sustentar a Casa de Deus para que os sacerdotes, levitas, cantores e porteiros fossem sustentados e não precisassem ir lavrar a terra e os múltiplos sacrifícios fossem mantidos. Exemplo: o ministério integral.
 7. A observância dos dízimos – v. 35-39.
a) O dízimo é primícia e não sobra (v. 35,36).
 b) O dízimo precisa ser trazido à Casa de Deus e não administrado pelo ofertante (v. 35); o dízimo deveria ser recebido pelos levitas (v. 37), pois cabia a eles a administração dos dízimos (v. 39; o dízimo precisa ser administrado com transparência (v. 38; os levitas precisavam ser também dizimistas (v. 38).




0 comentários:

Postar um comentário