UM ESTUDO EM HEBREUS
7.1-10
Como
muitas pessoas afirmam que o dízimo era algo ligado à lei, ao Velho Testamento, faremos uma abordagem do ensino dessa doutrina no Novo testamento
e analisaremos as principais justificativas daquelas pessoas que se dizem
evangélicas, mas não conseguiram ainda ser dizimistas; confessam o nome do
Senhor Jesus, mas tem enorme dificuldade em obedecer à Sua palavra.
I
A DOUTRINA DO DÍZIMO NO NOVO TESTAMENTO
·
No
Novo Testamento a palavra DÍZIMO aparece 9 vezes e ligadas a duas situações:
·
Mt
23.23.Jesus aqui reafirma a necessidade do dízimo, ao mesmo tempo em que
denuncia sua prática como demonstração de piedade exterior (Lc 18.12) e também
denuncia a prática do dízimo como substituição de valores do Reino tais quais:
justiça, misericórdia e fé (Lc 11.42).
·
Hb
7. 1-10: a) O Pai da fé deu dízimo de tudo - v. 2; b) O pai da fé deu o dízimo
do melhor - v. 4; c) A entrega dos dízimos se deu não por pressão da lei, uma
vez que o povo israelita ainda não existia e, portanto, muito menos a lei
judaica - v. 6; d) Hebreus nos faz perceber e reconhecer a superioridade do
valor do dízimo que é dado a Cristo (imortal) em relação ao dado aos sacerdotes
(mortais) - v. 8; e) O autor destaca que os que administram os dízimos também
devem ser dizimistas - v. 9.
II.
AS JUSTIFICATIVAS DOS QUE NÃO SÃO DIZIMISTAS
1.
“Eu não sou dizimista, porque DÍZIMO é da lei. E eu não estou debaixo da lei,
mas sim da graça”.
·
O
dízimo é da lei, é antes da lei e é depois da lei. Ele foi sancionado por
Cristo. Se é a graça que domina a nossa vida, porque ficamos sempre aquém da
lei? Será que a graça não nos motiva a ir além da lei?
a)A lei dizia: Não
matarás = EU, PORÉM VOS DIGO AQUELE QUE ODIAR É RÉU DE JUÍZO.
b)A lei dizia: Não
adulterarás = EU, PORÉM VOS DIGO QUALQUER QUE OLHAR COM INTENÇÃO IMPURA...
c)A lei dizia: Olho por
olho, dente por dente = EU, PORÉM VOS DIGO: SE ALGUÉM TE FERIR A FACE DIREITA,
DÁ-LHE TAMBÉM A ESQUERDA.
·
A
graça vai além da lei: porque só nesta questão do dízimo, ela ficaria aquém da
lei? Esta, portanto, é uma justificativa infundada.
·
Mt
23.23 = justiça, misericórdia e fé também são da lei. Se você está desobrigado
em relação ao dízimo por ser da lei, então você também está em relação a estas
virtudes.
2. ”Muitos dizem: A Bíblia diz em II Co 9.7” Cada um contribua segundo
tiver proposto no coração, não com tristeza ou por necessidade; porque Deus ama
a quem dá com alegria “.
·
Só
que este texto não fala de dízimo e sim de oferta. Dízimo é dívida. Não pagar
dízimo é roubar de Deus. Lembrem-se do que eu sempre tenho ensinado a vocês:
“os dízimos Deus exige, as ofertas Ele merece”.
·
O
que estará acontecendo em nosso coração que não permite que tenhamos alegria em
dizimar? Em sustentar a Causa que abraçamos e defendemos? Em abençoar a Igreja
que frequentamos e da qual fazemos parte? O que nos impede de abençoar
financeiramente o Pastor que nos abençoa com a unção de Deus, com a Ministração
da Palavra e com Cuidados espirituais?
3.
“O que eu ganho não sobra ou mal dá para o meu sustento”.
·
O
dízimo não é sobra. Dízimo é primícias. “Honra ao Senhor com as primícias da
tua renda”.Deus não é Deus de sobras, de restos. Ele exige o primeiro e o
melhor.
·
Contribua
conforme a tua renda para que a tua renda não seja conforme a tua contribuição.
Deus é fiel. Ele jamais fez uma exigência que não pudéssemos cumprir. Ele disse
que abriria as janelas dos céus e nos daria bênçãos sem medidas se fôssemos
fiéis. Ele nos ordenou a fazer prova Dele nesta área. Ele promete abrir as
janelas do céu! Ele promete repreender o devorador por nossa causa.
·
Se
não formos fiéis, Deus não deixa sobrar. O profeta Ageu diz que o infiel recebe
salário e o coloca num saco furado. Vaza tudo. Foge entre os dedos. Quando
somos infiéis fechamos as janelas dos céus com as nossas próprias mãos e
espalhamos o devorador sobre os nossos próprios bens.
4.
“Prefiro dar meu dízimo aos pobres. Prefiro eu mesmo administrar meu dízimo”.
·
A
Bíblia não nos autoriza a administrar por nossa conta os dízimos que são do
Senhor. O dízimo não é nosso. Ele não nos pertence. Não temos o direito nem a
permissão nem para retê-lo nem para administrá-lo.
·
A
ordem é: TRAZEI TODOS OS DÍZIMOS À CASA DO TESOURO PARA QUE HAJA MANTIMENTO NA
MINHA CASA. A casa do Tesouro é a congregação onde assistimos e somos
alimentados.
·
Mas
será que damos realmente os “nossos” dízimos aos pobres? Com que regularidade? Será uma boa atitude fazer caridade com a
parte que não nos pertence?
5.
“Eu não entrego mais os meus dízimos, porque eles não estão sendo bem
administrados”.
·
Não
cabe a nós determinar e administrar do nosso jeito o dízimo do Senhor que
entregamos. Se os dízimos não estão sendo bem administrados, os administradores
darão conta a Deus. Não cabe a nós julgá-los, mas sim Deus é quem julga. Cabe a
nós sermos fiéis.
·
Não
será também que esta atitude seja aquela do menino briguento, dono da bola, que
a coloca debaixo do braço sempre que as coisas não ocorrem do seu jeito?
·
Deus
mandou que eu trouxesse os dízimos, mas
não me nomeou fiscal do dízimo.
6.
“A igreja é rica e não precisa do meu dízimo”.
·
Temos
conhecimento das necessidades da igreja? Temos visão das possibilidades de
investimento em prol do avanço da obra? Estamos com essa visão míope,
estrábica, amarrando o avanço da obra de Deus, limitando a expansão do
Evangelho? Você sabe como seu Pastor vive? Como cuida da família dele? Uma vez
que ele não trabalha secularmente e vive para a Igreja é dever da Igreja, isto
é, de cada membro, contribuir para o sustento do Pastor (II Tm 5.17,18).
·
Nós
não entregamos o dízimo para a igreja. O dízimo não é da igreja. É DO SENHOR.
Entregamo-lo ao Deus que é dono de todo ouro e de toda prata. Ele é rico. Ele
não precisa de nada, mas exige fidelidade. Essa desculpa é a máscara da
infidelidade.
7.
Não tenho salário fixo e não sei o quanto ganho.”“.
·
Será
que admitimos que somos maus administradores dos nossos recursos? Como sabemos
se o nosso dinheiro dará para cobrir as despesas de casa no final do mês?
·
Não
sabendo o valor exato do salário, será que o nosso dízimo é maior ou menor do
que a estimativa? Porque ficamos sempre aquém da estimativa? Será autoproteção?
Será desinteresse?
8.
“Não sou membro da igreja, só frequento”.
·
Acreditamos
mesmo que os nossos deveres de cristãos iniciam-se com o Batismo e a Profissão
de Fé ou com a inclusão do nosso nome num rol de membros?
·
Não
será incoerência defendermos que os privilégios começam quando aceitamos a
Cristo: (o perdão, a vida eterna) e os deveres só depois que nos tornamos
membros da igreja? Somos menos responsáveis pelo crescimento do Reino de Deus
só porque não somos membros da igreja?
CONCLUSÃO: É hora de abandonarmos nossas evasivas.
É hora de sermos fiéis ao Deus fiel. É hora de sabermos que tudo é de Deus:
nossa casa, nosso carro, nossas roupas, nossas joias, nossos bens, nossa vida,
nossa saúde, nossa família. TUDO É DELE. Somos apenas mordomos,
administradores. Mordomos e não donos. Deus quer de nós obediência e não
desculpas. Fidelidade e não evasivas.Qual deve ser a nossa atitude? Nosso
coração está onde está o nosso tesouro. Se buscarmos em primeiro lugar o Reino
de Deus, não vamos ter problemas com o dízimo. Sejamos dizimistas fiéis e com
certeza o Deus Fiel irá nos abençoar poderosa, rica e abundantemente.Deus
abençoe cada dizimista fiel de nossa Igreja e que possamos avançar e prosseguir
sempre em nome de Jesus.
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