Texto
Bíblico: Rm 6.1-11

I. A ATITUDE DO HOMEM DIANTE DA MORTE
As pessoas estão fugindo da morte.
Fugir da reflexão sobre a morte significa fugir da reflexão sobre a vida do homem
A reflexão sobre a morte está ligada à reflexão sobre o sentido da vida, pois ocupar-se da morte é ocupar-se com a vida
Procurar prolongar a vida para fugir da morte
II. QUAL É O SIGNIFICADO
DA VIDA HUMANA?
1.Preocupar-se
com a morte é preocupar-se com a vida
pois a morte, fisicamente, remete a um fim. Caso nada mais venha depois A VIDA VIVIDA É O ÚNICO VALOR; caso haja
uma vida pós – morte, A VIDA VIVIDA PREPARA PARA A VIDA DEPOIS
2.O
Prolongamento da vida (busca da juventude, cirurgias plásticas, remédios
“milagrosos” etc) e uma vida prolongada (velhice) não permiti escapar da morte. A vida
não tem outro sentindo se não de vida vivida. De qualquer forma, mal ou bem
vivida ela conduz a uma outra vida após a morte .Qual é o sentido desse
prolongamento ?
3.Qual
é o sentido da morte? Para alguns a morte é absurda, o que torna, para eles, a
vida também absurda. Para outros, a morte tem sentido, dando sentido também à
vida.
4.Como,
fora da Bíblia não se tem certeza de nada, o medo da morte permanece.
Argumentar no nível de humanismo e de forma racional, não responde à angústia do
ser humano.
5.Até
mesmo alguns cristãos estão reprimindo a reflexão sobre o fim da vida,
seduzidos pelas mensagens que prometem uma vida prolongada como uma forma de
fugir da morte. Muitas pregações evangélicas deturpam o sentido bíblico da
morte, que é apresentada como vida pela Palavra de Deus.
O
dilema permanece porque o homem sabe que é finito mas tem uma alma. O que
enerva a vida é a consciência mais que profunda e real, que o histórico da vida
vivida não pode acabar na morte. Esta consciência gera o medo e diminui o
sentido da vida.
III. A PRIVATIZAÇÃO DA
MORTE NO SÉCULO XXI
1.Hoje
se morre nos hospitais anonimamente.A privatização do morrer significa
alienação do morrer
2.Morre-se
uma morte solitária, onde os aspectos simbólicos e religiosos da morte
desapareceram. O morrer fica desprovido de seu sentido e assim, não se está
consciente do fato da morte ser parte integrante da vida.
3.Morre-se
uma morte coisificada, onde o caráter sacramental da morte se perde. O morrer é
anônimo, o morto logo desaparece.
4.Há
repressão da idéia da morte até nos hospitais. A morte aparece sob o aspecto da
falência da arte medicinal. As reações habituais das pessoas quando visitam
doentes não falam de morte,mas procuram falara de outras coisas que traduzem:
· negação: “você não vai morrer”;
· mudança de assunto:”vamos pensar em algo mais alegre”;
· fatalismo:”todos nós vamos morrer”
· hipocrisia: “por que você está falando isso hoje ? está tão bem”
5.A
banalização e anonimidade do morrer adquirem maior gravidade na vivência de
indivíduos isolados e na experiência cotidiana de grande parte das populações
urbanas do mundo. As situações de
violência fazem do morrer algo imprevisível nas situações que envolvem
violência e marginalidade. Muitos morrem a”morte social” antes do próprio fato
de a vida acabar. Ao acontecer a morte física, morre mais um sem voz e sem
nome.
6.Através de uma teologia da
morte:
a) Devemos redescobrir a força da Palavra de
Deus quando fala da morte.
b) Devemos anunciar o Deus da vida que transforma
a morte em vida, em vida abundante que projeta hoje a vida eterna, onde a
morte, como salário do pecado, está vencida pelo Senhor da Vida, Jesus. (I Co
15.54-57.
O
COMPORTAMENTO DAS PESSOAS NA HORA DA MORTE
A reação das pessoas que têm
fé não costuma ser diferente das demais que não têm esperança quando chega o
momento de enfrentar a morte. Alguns entram em pânico com diagnósticos médicos
,com possibilidades de terem herdado doenças genéticas, ou, ainda, o medo pode
tornar-se fobia e dar lugar a estranhas atitudes que podem agravar a doença. Veremos como se comporta o doente
que sabe que vai morrer e como deve se comportar o Pastor ou o Capelão que
visita ou assiste um doente terminal.
I. AS 5 FASES DA REAÇÃO DO MORIBUNDO
1. Reação de Choque, Incredibilidade
- Ele não aceita o fato como verdadeiro
- Isola-se de tudo e de todos
- “Por que logo eu ?”
- “Por que eu e não tanta gente ruim que existe por aí?”
- Ele briga com Deus e com o mundo
- Sente-se impotente e injustiçado
- Há tentativa de prorrogar o inevitável
- Um desejo intenso de não morrer
- Ele faz promessas a Deus, caso sobreviva, e geralmente ( se sobrevive) esquece e não cumpre.
- Não consegue ver, como cristão, que Deus precisa ser glorificado através do seu testemunho num momento como este, quer para a morte, quer para a vida
- Por trás dessa “negociação” se esconde muitas vezes o sentimento de culpa.
- há um sentimento de perda irreparável
- Perda em relação ao passado (saúde, amigos, profissão, finanças)
- Há uma sensação de inutilidade ( “Que significado teve tudo que fiz, se vou acabar assim ?”)
- Perda em relação ao futuro: Ele se prepara para a perda de todas as coisas e de todas as pessoas que amou
- É invadido por uma tristeza profunda que pode apressar a fase terminal
5.
Reação de aceitação , aprovação
- O homem consente a morte
- Nesta fase, ele está calmo aceitando o inevitável
1 Ele mesmo está atingido
pelas transformações e questionamentos atuais da morte (Eutanásia, Valores da
Medicina etc). Ele também não pode evitar o fim.
2. Dele se pede que tenha
controle e tranquilidade diante de uma situação de morte.
3. Há dois papéis: O Papel
Público, onde como Pastor ele deve dominar o assunto e falar com autoridade;
e o Papel Privado, onde, como homem, ele está na mesma situação de dúvida e
ansiedade que qualquer pessoa.
4. Alguns pastores usam
diferentes "máscaras" quando se confrontam com a morte e com o doente:
a.
Separatividade: acentua seus poderes especiais,
recebidos pela ordenação, se colocando acima do doente.
b.
Ação ritualizada: Usa preces e
rituais formais e tradicionais. O contato com o moribundo não é pessoal, é
generalizado.
c.
Linguagem Teológica: fica recitando
versículos bíblicos vazios ou usa frases de efeito que nada dizem ao moribundo.
d.
Vestuário Especial: terno e gravata ou
colarinho clerical é prejudicial num momento em que o doente quer alguém que
compartilhe com ele de sua condição
humana.
e.
Negócio: Não tem tempo.
Muitas obrigações importantes só permitem “rápido favor de uma breve visita”.
5. Alguns Pastores claramente se sentem inseguros ao se defrontarem com a morte e esquivam-se de
visitas a hospitais e declinam sempre da realização do serviço fúnebre. Eles
estão sempre em conflitos e temem não ter o equilíbrio necessário para a
visitação ou, ainda (o que é pior) de não saber como consolar o agonizante.
6. Existem dois tipos de
comportamentos errados, que não satisfazem as necessidades do paciente:
a) O Pastor fala de tudo,
mas não ministra a PALAVRA, se permite ter uma conversa leviana sobre
amenidades tentando desviar a tensão da morte que está chegando; e
b) O Pastor
entra no quarto com a Bíblia já aberta, com a oração pré-fabricada.
Nesses dois tipos de comportamento, ele não consegue se concentrar no ser
humano que está à sua frente; faz tudo para superar a sua própria ansiedade e
medo.
7. O Pastor deve procurar
estar com o doente como um representante de Deus numa hora difícil e, assim
ministrar vida e cura, ainda que a vontade de Deus seja a morte. A presença
do Pastor traz ao doente a satisfação de saber que Deus se preocupa com ele.
8. O Pastor deve orar para
o pleno restabelecimento do doente. Uma oração sem demagogia, mas cheia de
verdade do “Senhor que nos sara” .Não
deve desprezar a medicina, com discurso triunfalista que só aumenta a tensão
emocional do enfermo.
ATENÇÃO!
As pessoas que desejam
visitar doentes, principalmente em hospitais, precisam de uma orientação
pastoral. São muitos os “malucos” que acabam por fazer piorar a situação do
doente, quando não fazem uma visita de amor. Existem dois tipos de enfermos:o
crente que está enfermo e o ímpio. Para cada um deles, a abordagem tem que ser
diferente. Infelizmente cresce a cada dia o número de pacientes que não querem
receber visitas de evangélicos e de hospitais que, por causa de problemas com
os pacientes, não autorizam a entrada de cristãos.
1 comentários:
Eu gostaria de encontrar tudo isto para baixar em PDF
Postar um comentário