CARTA À
IGREJA DE LAODICÉIA
I. CRISTO IDENTIFICA O PROBLEMA DA IGREJA
1. Jesus identificou a falta de fervor espiritual da igreja – v. 15
·
O problema da
igreja de Laodicéia era a falta de fervor espiritual. A vida espiritual da
igreja era morna, indefinível, apática, indiferente e nauseante. A igreja era
acomodada. O problema da igreja não era heresia, mas apatia.
·
Muitos crentes fogem
do fervor com medo do fanatismo. Mas fervor não é o mesmo que fanatismo.
Fanatismo é um fervor irracional e estúpido. É um entrechoque do coração com a
mente.
·
Muitos outros têm
medo do entusiasmo. Mas entusiasmo é parte essencial do Cristianismo. Não podemos ter medo das emoções, mas do
emocionalismo.
2. Jesus
identificou que um crente morno é pior do que um incrédulo frio – v. 15
·
É melhor ser frio
do que morno. É mais honroso ser um ateu declarado do que ser um membro
incrédulo de uma igreja evangélica. Alguém que nunca fez profissão de fé e tem
a consciência de sua completa falta de vida moral é muito mais fácil de ser
ajudado que algum outro que se julga cristão, mas não tem verdadeira vida
espiritual.
·
Uma pessoa morna
é aquela em que há um contraste entre o que diz e o que pensa ser, de um lado,
e o que ela realmente é, de outro. Ser morno é ser cego à sua verdadeira
condição.
·
Auto-engano
(v. 17) – Laodicéia se considerava rica e era pobre. Muitos no dia do juízo vão
estar enganados (Mt 7:21-23). A igreja era morna devido à ilusão que alimentava
a respeito de si mesma. Uma Igreja que trazia as coisas do mundo para dentro de
si.
·
Auto-satisfação
(v. 17) – A igreja disse: “Não preciso de coisa alguma”. A igreja de Laodicéia
era morna em seu amor a Cristo, mas amava o dinheiro. O amor ao dinheiro traz
uma falsa segurança e uma falsa auto-satisfação. A igreja não tinha consciência
de sua condição. Estava orgulhosa do seu ouro, roupas e visão. Mas era pobre,
nua e cega.
4. Jesus identificou uma Igreja que
pregava riqueza e prosperidade nesta vida
·
O orgulho de
Laodicéia era contagioso. O espírito de complacência insinuou-se na igreja e
corrompeu-a. Os membros da igreja tornaram-se convencidos e vaidosos. Só era
considerado abençoado quem tivesse muito dinheiro.
·
Eles achavam que
estavam indo maravilhosamente bem em sua vida religiosa. Mas Cristo teve de
acusá-los de cegos , mendigos e nus. São
mendigos porque não têm como comprar o perdão de seus pecados. São nus porque
não tem roupas adequadas para se apresentarem diante de Deus. São cegos porque
não conseguem enxergar a sua pobreza espiritual.
·
A igreja de Laodicéia
era de Cristo, mas em vez de dar alegria a Cristo estava provocando náuseas
nele. Uma religião morna provoca náuseas. Quando perdemos nossa paixão, nosso
fervor, nosso entusiasmo, provocamos dor em nosso Senhor, náuseas no nosso
Salvador. Cristo repudiará totalmente aqueles cuja ligação com ele é puramente
nominal e superficial. A igreja perdeu o
tempo da sua oportunidade. E a Betel ?
II. A EXORTAÇÃO
1. Cristo se
apresenta à igreja como um mercador espiritual – v. 18· O ouro que Cristo tem é o Reino do céu. A roupa que Cristo oferece são as vestes da justiça e da santidade. O colírio que Cristo tem abre os olhos para o discernimento. Cristo está conclamando os crentes a não confiarem em seus bancos, em suas fábricas e em sua medicina. Ele os chama a ele mesmo. Só Cristo pode enriquecer nossa pobreza, vestir nossa nudez e curar a nossa cegueira.
2. Cristo chama a igreja a uma mudança de vida – v. 19
· Disciplina é um ato de amor. Porque ele ama, disciplina. Porque ama chama ao arrependimento. Porque ama nos dá oportunidade de recomeçar. Porque ama está disposto a perdoar-nos. Arrepender-se é dar as costas a esse cristianismo de aparências, de faz de conta, de mornidão. A piedade superficial nunca salvou ninguém. Não haverá hipócritas no céu. Devemos vomitar essas coisas da nossa boca, do contrário, ele nos vomitará.
3. Cristo convida a igreja para a ceia, uma profunda comunhão com ele - v. 20
· Um convite pessoal. A salvação é uma questão totalmente pessoal. Enquanto muitos batiam a porta no rosto de Jesus, outros são convidados por ele. Cristo vem visitar-nos. Coloca-se em frente da porta do nosso coração. Ele bate. Ele deseja entrar. É uma visita do Senhor.
· Uma decisão pessoal. “Estou à porta e bato, se alguém abrir a porta entrarei...”. Jesus bate através de circunstâncias e chama através da sua Palavra. Embora Cristo tenham todas as chaves, ele prefere bater à porta É preciso ouvir a voz de Jesus.
· Um convite para cear – Que ele nos convide a vir e cear com ele é demasiada honra; mas que ele deseje participar da nossa humilde mesa e cear conosco é tão admirável que ultrapassa nossa compreensão finita.
III. A PROMESSA – V. 14,21,22
1. Jesus tem competência para fazer a promessa – v. 14
·
Cristo é o Amém e
a Testemunha Fiel e Verdadeira. Para uma igreja marcada pelo ceticismo,
incredulidade, tolerância Jesus se apresenta como o Amém. Ele é a verdade, e
fala a verdade e dá testemunho da verdade.
·
Seu diagnóstico
da igreja é verdadeiro. Seu apelo à igreja deve ser levado a sério. Suas
promessas à igreja são confiáveis. Em face da vida morna e indiferente da
igreja, Jesus é a verdade absoluta que tudo vê, tudo sonda, tudo conhece.Ele
cumpre o que diz. Para uma igreja morna e inconstante, Cristo se apresenta como
aquele é preciso e confiável.
2. Jesus tem
autoridade para tornar a promessa realidade – v. 14
·
Cristo é o
princípio da criação de Deus – Em face da vida caótica da igreja, Jesus é
aquele que é a origem da criação. Como ele deu ordem aos caos do universo, ele
pode arrancar a igreja do caos espiritual.
3. Jesus tem
poder para conduzir os vencedores ao seu trono de glória – v. 21,22
·
Quando Cristo
entra em nossa casa recebemos a riqueza do Reino. Recebemos vestes brancas de
justiça. Nossos olhos são abertos. Temos a alegria da comunhão com o Filho de
Deus. Mas temos, também, a promessa que excede em glória a todas as outras
promessas ao vencedor. Reinaremos com ele. Assentaremos em tronos com ele. Um
trono é símbolo de conquista e autoridade.
·
A comunhão da
mesa secreta é transformada em comunhão de trono pública.Como Cristo participa
do trono do Pai, também participaremos do trono de Cristo. Quando abrimos a
porta para Cristo entrar em nossa casa, recebemos a promessa de entrar na Casa
do Pai. Quando recebemos Cristo à nossa mesa, recebemos a promessa de sentarmos
com ele em seu trono.
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