ESTUDO: GRAÇA DE DEUS, SEXO E CASAMENTO: UM ESTUDO EM 1 CORINTIOS 7.1-40

INTRODUÇÃO: A Bíblia e os ensinos de Cristo sempre foram muito claros com relação ao que Deus dispôs para o sexo, casamento, celibato, divórcio e novo casamento. No entanto, a cada geração e por causa do avanço do pecado, surgem diversas questões e dúvidas sobre sexo e casamento que uma vez confrontadas com a situação em que se vive, parecem colocar em dúvida o ensino bíblico sobre o assunto. Foi por questões como essas que Paulo, neste capítulo, procurar responder às perguntas da igreja de Corinto, mesmo tendo o Senhor Jesus doutrinado sobre o assunto nos dias do Seu ministério terreno (Mt 5:31-32; 19:1-12; Mc 20:1-12; Lc 16:18). As perguntas versavam sobre o casamento e as relações sexuais no casamento e fora dele. Além de reforçar o ensino do Senhor Jesus, Paulo expõe sua autoridade apostólica quando doutrina sobre detalhes próprios da situação em que os coríntios viviam. Seus conselhos sobre o assunto estavam endereçados a três tipos de pessoas: cristãos casados com cristãos, cristão casados com não cristãos e cristãos solteiros. Vejamos o que podemos aprender dessa tão importante doutrina bíblica para aplicação nos dias difíceis em que vivemos, onde faltam parâmetros bíblicos para o ensino do assunto até mesmo dentro das Igrejas. Há ensinos errados sobre o assunto ministrados por “renomados homens de Deus” e há crentes carnais que não querem obedecer de forma alguma aos ensinos bíblicos, preferindo viver paixões infames. Mais uma vez guardo os meus lábios de falar contra o que manda o Senhor e ignoro a minha opinião pessoal como tenho feito ao longo do meu ministério. Em questões doutrinárias, a Bíblia é a única regra de fé e vida. Infalível e Imutável. Que a Palavra do Senhor se manifeste entre nós para a glória do próprio Deus e para nossa edificação Nele.
1. A VIDA ÍNTIMA DO CASAL CRENTE – V. 1-11
• Na igreja de Corinto havia dois extremos: aqueles que pensavam que sexo era pecado e defendiam que o celibato é mais honroso do que o casamento e aqueles que acreditavam que ficar solteiro era pecado e defendiam a obrigatoriedade do casamento. Paulo combate ambas as posições. A igreja de Corinto oscilava entre dois extremos: legalismo e libertinagem. A pergunta deles era se o celibato é mais santo que o casamento (7:1). Vejamos a posição bíblica:
a) A Bíblia afirma a Pureza do Casamento – v. 1-9
b) Paulo proíbe a poligamia – v. 2 e a união homossexual – v. 2
c) Paulo proíbe o celibato compulsório – v. 1-2 – O dom do celibato é bom, mas não compulsório. O celibato é permitido, mas não ordenado. Nem todos têm o dom do celibato (7:7-9 27-28). Isso está de acordo com o ensino de Cristo (Mt 19:10-12). Também com o princípio de Deus estabelecido na criação (Gn 2:18).
• Completa mutualidade dos direitos conjugais – v. 3-4 – O sexo é santo. O sexo antes e fora do casamento é pecado; mas a ausência de sexo no casamento também é pecado. O sexo pleno é um direito dos cônjuges. A chantagem sexual no casamento é pecado.
• O casal pode se abster, temporariamente, das relações sexuais somente pelos seguintes motivos: – v. 5: a) concordância mútua; b) A abstinência só deve vigorar por algum tempo – necessidade especial na família, igreja ou nação; c) A abstinência com a intenção expressa de dedicar-se à oração; d) É necessário haver intenção deliberada de retornar à relação sexual; e). Ele expõe a atividade de Satanás na área sexual – v. 5.
• Quanto tempo deve durar o casamento – v. 10-11. Uma vez que Jesus já havia lidado com este assunto (Mt 19:3-12), Paulo endossa e diz que o casamento dura enquanto dura a vida (7:39-40).
• Os crentes de Corinto tinham duas perguntas: 1) O que fazer se estou arrependido de ter casado? Paulo faz um desafio inequívoco aos casais que vêem poucas esperanças em seu casamento (7:10-11); 2) O que fazer quando a situação parece insustentável? Paulo oferece duas soluções pastorais: Primeira, separe e fique solteiro. 2) Segunda, faça a devida reconciliação (7:10-11).
• Ele reafirma, assim, que o divórcio é errado, a menos que haja infidelidade e abandono. Porém melhor é confissão, perdão e reconciliação. Se isso não é possível, a parte inocente pode divorciar-se. Divórcio é a última opção depois de todas as outras tentativas para salvar o casamento. Um casamento infeliz não existe diante de Deus.
• O ensino bíblico é que “o que Deus uniu não o separe o homem” (Mc 10:9). Deus colocou muros ao redor do casamento não para fazer dele uma prisão, mas um lugar seguro.

2. QUANDO O CRENTE É CASADO COM DESCRENTE – V. 12-24
• Alguns membros da igreja foram convertidos depois do casamento, enquanto seus cônjuges permaneciam incrédulos. Conseqüentemente, eles estavam tendo problemas no casamento. Daí surgiu a pergunta deles: “Devemos nós permanecer casados com cônjuges incrédulos?” A resposta de Paulo é SIM (7:12-13)! É um ato de desobediência um cristão casar-se com um incrédulo (7:39; 2 Co 6:14). Mas se uma pessoa se torna cristã depois do casamento, ela não deve usar isso como base para separação, pelo contrário ela precisa exercer influência positiva no casamento. A conversão não altera as nossas obrigações sociais (7:17-24).
.O poder do casamento – v. 12-16. Paulo alista três fatores de encorajamento para se investir no casamento misto:
a) A realidade da santificação – v. 14 – Quando a fé cristã entra em um lar descrente, ela deve ser uma fonte de novas bênçãos, e não de novas desavenças. O cônjuge incrédulo é trazido para mais perto de Deus por viver com um cristão na mesma casa.
b) A inclusão dos filhos no pacto – v. 14 – Quando um dos cônjuges é crente, seus filhos são incluídos no pacto da redenção. Deus é o nosso Deus e o Deus dos nossos filhos. A promessa é para nós e os nossos filhos. Nossos filhos são filhos da promessa. Eles estão debaixo do pacto da redenção. Os pais têm o privilégio e o dever de levar seus filhos a Cristo.
c) A possibilidade da conversão do cônjuge incrédulo – v. 16 – O casamento pode ser instrumento poderoso nas mãos das pessoas para salvar seus cônjuges (1 Pedro 3:1-2; Atos 16:31).
• A dissolução do casamento – v. 15. • Há casos em que o cônjuge incrédulo recusa-se terminantemente a conviver com o cônjuge crente. Caso o cônjuge incrédulo tome a iniciativa abandonando definitivamente o cônjuge crente, este fica livre do jugo conjugal (7:15). Livre para sem casar outra vez.
3. QUANDO O CRENTE É SOLTEIRO-V. 25-40.
• Paulo já tinha dado uma palavra aos solteiros e viúvos (7:8-9). Agora, ele vai detalhar sua mensagem. A pergunta deles era: “Deve um cristão se casar?” A resposta de Paulo contempla dois grupos: as virgens e as viúvas.
a) As virgens – v. 25-38. A preferência de Paulo pelo celibato (7:1, 26, 32, 38,40) tem fortes razões circunstanciais (7:26, 28, 29,32).
b) Especificamente, ele menciona três fatores: a) A angustiosa situação presente – v. 26,28 – O contexto imediato era a destruição de Jerusalém, a imediata perseguição aos cristãos. A loucura crescente do imperador Nero já estava começando. Os crentes eram como um exército prestes a entrar em um conflito extremamente desigual em um país inimigo, por um tempo prolongado. Em vista dos tempos tormentosos, Paulo achava que era melhor que os homens permanecessem como estavam. Aquele era um tempo de tribulação – v. 26. e era um tempo de preocupação – v. 32 –. Como Paulo poderia ter viajado tanto se fosse casado?b) Aquele era um tempo de mudança – v. 29 –. Os crentes não podiam se apegar a nada deste mundo. Era um tempo difícil, pois a aparência deste mundo passa – v. 31 – É tolo aquele que investe em um esquema que está em rápida desintegração.
• Por isso Paulo recomenda:
- v. 26 – A permanecer assim como está.
- V. 27 – Não procurar casamento.
- V. 28 – Se casar vai sofrer angústia na carne.
- V. 32 – Vai ter preocupações adicionais.
- V. 34 – Vai estar com o coração e o tempo divididos. O casado está fragmentado.
b) Para as viúvas - v. 39-40 – ele considera:
- O casamento é para toda a vida
- O casamento é só para esta vida e não para a eternidade
- Paulo dá três conselhos às viúvas: fiquem como estão; casem-se e casem-se somente no Senhor.

CONCLUSÃO: O apóstolo considera, assim como o próprio Deus e Cristo, que as questões afetivas são de foro íntimo e que há uma necessidade de temor e tremor na presença do Senhor. É preciso haver bom senso, uma vez que na área sexual e afetiva as pessoas diferem de graus de necessidade e de desejo. Por isso, vamos concluir esse estudo com 3 sábias aplicações práticas recomendadas pela Palavra. As pessoas que amam ao Senhor e desejam viver uma vida de acordo com a Bíblia devem procurar aplicar uma dessas admoestações à sua própria vida quer casado, quer solteiro.
• Leve o dom do celibato a sério (os perigos da fornicação e prostituição)
• Se você não tem o dom do celibato que se case.
• Se você está para se casar, certifique-se que o seu marido ou esposa futuro seja cristão.
• Se você está casado com um incrédulo, faça todos os sacrifícios necessários para manter seu casamento (isso não quer dizer aderir a práticas pervertidas e condenadas pela Bíblia).
• Se você quer que o seu casamento seja feliz, nunca deixe de dar a seu marido ou esposa toda satisfação física que ele ou ela precisa O cônjuge pode expor o outro ao adultério e a uma vida insatisfeita, (campo fértil para o adultério).

0 comentários:

Postar um comentário