ESTUDO BÍBLICO:OS PERIGOS DA INCREDULIDADE





“NENHUM DOS HOMENS QUE, TENDO VISTO A MINHA GLÓRIA... ME PUSERAM À PROVA E NÃO OBEDECERAM À MINHA VOZ... VERÁ A TERRA QUE COM JURAMENTO PROMETI A SEUS PAIS”:

Os Perigos da Incredulidade
UM ESTUDO EM NÚMEROS 13,14

Introdução: A trajetória dos filhos de Israel em sua peregrinação no deserto se constitui, como afirma a própria Bíblia, em exemplo para nós enquanto Igreja do Senhor Jesus. Apesar de todos os sinais e maravilhas que Deus operou na vida do povo hebreu, os incrédulos, desobedientes e murmuradores não entraram na terra prometida. A Doutrina da Eleição não isenta o crente que deliberadamente peca contra o conhecimento e a revelação de Deus. Uma vez conhecendo o Senhor, precisamos viver a fé com temor e tremor, senão estaremos tentando a Deus como fizeram os filhos de Israel e arcando com o Seu justo juízo. Vejamos que lições podemos aprender e aplicar às nossas vidas.

I. A MALIGNIDADE DA DÚVIDA

a) Deus já havia prometido a terra (Dt 1.19-22) e já havia feito uma descrição da terra (Dt 8.7-9).Os israelitas duvidaram da Palavra de Deus e das Suas promessas. Pensaram que conquistariam a terra pelos seus esforços e não pela intervenção soberana de Deus.
b)O povo só comprovou o que Deus já havia falado: “A terra de fato é boa”.(Nm 13.27).A incredulidade sempre descobre impossibilidades, olha para as circunstâncias, para os obstáculos e não para Deus. (Nm 13.28).Em meio à dúvida é preciso coragem para romper com a incredulidade como fez Calebe, (Nm 13.30).

II. A INCREDULIDADE É ALGO CONTAGIOSO PORQUE:

a)Gera um Senso de fraqueza, v. 31 - “Não poderemos subir...”. Eles riscaram as promessas de Deus, anularam a Palavra de Deus, o poder de Deus e só enxergaram os obstáculos. Por isso se sentiram fracos, impotentes, incapazes.
b)Alimenta um Complexo de inferioridade, v. 31 - “... porque é mais forte do que nós”.As cidades eram grandes, mas Deus é maior. As muralhas eram altas, mas Deus é o Altíssimo. Os gigantes eram fortes, mas Deus é o todo poderoso. A fé olha para Deus e vence as dificuldades. A incredulidade vê as dificuldades e duvida de Deus.
c)Fomenta desespero e desânimo nos outros, v. 32 - “E diante dos filhos de Israel infamaram a terra”.
d)Faz crescer a baixa auto-estima, v. 33 - “... e éramos aos nossos próprios olhos como gafanhotos”.Eles eram príncipes, líderes, nobres, homens de força, mas se encolheram. Sentiram-se como gafanhotos, sob as botas dos gigantes. De príncipes a gafanhotos. De filhos do rei a insetos. Estavam com a auto-imagem arrasada.

e)Distorce a visão da realidade - v. 33 - “... éramos gafanhotos aos seus olhos”.Eles eram gigantes e o povo de Deus, pigmeus. Eles eram fortes e os judeus fracos. Eles eram muitos e Israel poucos. Eles viviam em cidades fortificadas e o povo de Deus estava no deserto. Eles eram guerreiros e os israelitas peregrinos. Mesmo hoje, muitos filhos de Deus continuam se arrastando no pó, se sentindo indignos, fracos, menos do que príncipes, menos do que homens, menos do que gente, gafanhotos, insetos.

3. AS CONSEQUÊNCIAS DA INCREDULIDADE

· Conduziu o povo ao desespero (14.1).Toda a congregação chorou. Só viram suas impossibilidades e não as possibilidades de Deus. Ficaram esmagados de desespero. Não viram saída. Não viram solução. Em Êxodo 15.13-18 olharam para Deus e cantaram. Agora olhavam para o inimigo e choravam.
· Conduziu o povo à murmuração - 14.2. O povo em vez de se voltar para Deus, se voltou contra Deus. Em vez de ver Deus como libertador, o viu como opressor. Acusaram a Deus. Murmuraram contra Ele. Quantos que se dizem crentes ainda hoje fazem a mesma coisa!
· Conduziu à ingratidão - 14.2. “... antes tivéssemos morrido no Egito”.O povo se esqueceu da bondade de Deus, do livramento de Deus, das vitórias que Deus lhes dera.
· Conduziu à insolência contra Deus, 14.3. Acusaram a Deus. Infamaram a Deus. Insultaram a Deus. Disseram que Deus era o responsável pela crise.
· Conduziu à apostasia - 14.3 - “Não nos seria melhor voltar ao Egito?”.Não há nada que entristece mais o coração de Deus do que ver o seu povo desejoso de voltar ao mundo e ao Egito. Eles se enfastiaram de Deus, da sua direção, da sua companhia e sustento. Eles se esqueceram dos benefícios de Deus e dos açoites dos carrascos. Quando você deixa a igreja e volta para o mundo, para o pecado, só vê gigantes diante de você e não o poder de Deus. Isso leva à apostasia e fere o coração de Deus.
· Conduziu à amotinação - 14.4. Queriam outros líderes que os guiassem de volta ao Egito. Rebelaram-se contra Deus. Não queriam mais seguir o comando de Moisés. Houve uma insurreição, uma conspiração no meio do povo.
· Conduziu à rebeldia contra Deus, 14.9. Amar mais o Egito que o Deus da promessa é rebeldia. Não crer no Deus todo poderoso e se intimidar diante dos gigantes deste mundo é rebeldia. Não andar pela fé é rebeldia.
· Conduziu ao medo do inimigo, 14.9. O medo vê fantasmas e altera as situações. Josué e Calebe viram os inimigos como pão que seriam triturados. O povo viu os inimigos como gigantes. O povo se viu como inseto. Josué e Calebe se viram como povo imbatível.
· Conduziu à perseguição contra os líderes - 14.10.Em vez de obedecer à voz de Deus, o povo rebelde decidiu apedrejar os homens de Deus. Não queriam mudar de vida, por isso, queriam mudar de liderança e se ver livre dela. Quantos culpam os pastores pelas provações e por seus próprios pecados.

III. O QUE FAZER NA HORA DA INCREDULIDADE

· Quebrantar-se diante de Deus, 14.5,6. Não adianta discutir, brigar, argumentar, fomentar, jogar uns contra os outros, espalhar boatos. É preciso quebrantamento. É preciso se humilhar debaixo da poderosa mão de Deus.
· Firmar-se na verdade que Deus diz, 14.7. Não devemos ser levados pelos comentários, pelas críticas, pela epidemia do desânimo. Devemos nos fixar no que Deus diz. Devemos nos estribar na experiência daqueles que confiam em Deus.
. Mostrar ao povo como vencer os gigantes, 14.8. a) “Se o Senhor se agradar de nós”, v. 8. Quando Deus se agrada de nós, somos imbatíveis. Deus tem se agradado de você? b) “O Senhor é conosco, não os temais”, v. 9. A nossa vitória não advém da nossa força, mas da presença de Deus conosco; c) “Tão somente não sejais rebeldes contra o Senhor” - v. 9. A única condição de vitória é deixar de mão a rebeldia. Fé e obediência são inseparáveis.
. Orar intercedendo, 14.13-20.A oração de Moisés evitou um desastre. Moisés não agrediu o povo, mas suplicou a Deus em seu favor. A despeito do pecado, ele ora e está preocupado com a honra de Deus. Quando o povo de Deus está em crise, nós comprometemos a reputação de Deus. Orar é lutar para que o nome de Deus seja exaltado.

IV. COMO DEUS TRATA A QUESTÃO DA INCREDULIDADE NO MEIO DO SEU POVO

· Deus traz livramento aos que crêem na sua Palavra, 14.10, mas mostra Seu cansaço com a incredulidade do povo diante das evidências, 14.11.
· Deus perdoa o povo em resposta à oração e remove o castigo, 14.20.Perdoados, eles não seriam destruídos totalmente ali em Cades Barnéia.
· Deus não retira as conseqüências do pecado, 14.21-23,27-35.O pecado está perdoado, mas as cicatrizes ficam como advertência.
· Eles viram a glória de Deus e os seus grandes Milagres, mas mesmo assim: a) puseram Deus à prova dez vezes, v.22; b) não obedeceram à voz de Deus - v. 22 e c) desprezaram a Deus, v. 23.

V. O JUÍZO DE DEUS
· Mudou o rumo da viagem deles, v. 25.O pecado é praticado num momento, mas custa anos de pagamento - v. 34.
· Eles não veriam a terra, v. 29-31. Eles não teriam o que desprezaram - v. 31. 5. Eles teriam o que desejaram - morrer no deserto, v. 31.
· Deus galardoa os que crêem, 14.24,25. Calebe perseverou em seguir a Deus, v.24.
· Deus julgou com castigo os amotinadores que insuflaram o povo, 14.36-38.
· Deus não aceita ativismo quando não existe santidade e obediência, 14.39-45.a) Não há vitória e prosperidade onde há desobediência - v. 41; b) Não há vitória onde o Deus da vitória está ausente - v. 42; c) Não há presença e nem vitória de Deus, onde as pessoas se desviam da vontade de Deus - v. 43; d) Não há compromisso de Deus de abençoar um povo que desobedece A Sua Palavra - v. 44,45.

CONCLUSÃO: A incredulidade nos impede de não só estar em comunhão perfeita com Deus, mas também nos impede de desfrutarmos das bênçãos que o Senhor nos concede.Quero conclamar a Igreja Betel a e todos os líderes a uma vida fé porque é hora de entrar na terra prometida da vida abundante. É hora de desafiar os gigantes. É hora de deixar de lado a incredulidade e confiar no Deus dos impossíveis. É hora de tapar os ouvidos às vozes agourentas do pessimismo e crer nas promessas infalíveis da Palavra de Deus. É hora de obedecer e não tentar a Deus como fizeram os filhos de Israel, uma vez que temos provado da bondade do Senhor e vivemos pela Sua Fidelidade. Vamos avançar, em nome de Jesus! Amém.

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