artigo - MEMORIAL DE FÉ DA REFORMA PROTESTANTE



Em 31 de outubro de 1517 Martinho Lutero afixou as suas hoje famosas 95 Teses na porta da catedral de Wittenberg. Periodicamente as igrejas evangélicas relembram aqueles eventos que, na soberana providência de Deus, preservaram viva a Sua igreja. Muitos crentes, no entanto, não estudam a Reforma por desconhecimento e falta de informação; outros desconhecem a importância da Reforma na vida da igreja e da humanidade e, ainda, há aqueles que provocam um esquecimento voluntário daqueles eventos do século XVI.

Para os que rejeitam a memória da Reforma há dois tipos de argumentação: 1. "O passado não tem nada a nos ensinar." Segundo este ponto de vista, o progresso científico e o futuro é o que interessa. Nada enxergam na história que possa nos servir de lição, apoio, ou alerta. 2. A segunda forma de rejeição parte daqueles que vêem a Reforma como uma tragédia na história religiosa da humanidade. Estes afirmam que deveríamos estar estudando a unidade em vez de um movimento que trouxe a divisão e o cisma ao cristianismo. Somos confrontados diariamente com uma forma errada e uma forma certa de relembrar o passado, do ponto de vista religioso.

A forma errada, seria estudar o passado por motivos meramente históricos.Jesus disse que os religiosos de Sua época pagavam tributo à memória dos profetas e líderes religiosos do passado. Eles prezavam tanto a história, que cuidavam dos sepulcros e os enfeitavam. Proclamavam a todos que os profetas eram homens bons e nobres e atacavam quem os havia rejeitado. Diziam eles: "se estivéssemos lá, se vivêssemos naquela época, não teríamos feito isso!" Mas Cristo os chama de hipócritas argumentando: Se vocês se dizem admiradores dos profetas, como é que estão contra aqueles que representam os profetas e proclamam a mesma mensagem que eles proclamaram? Ele prova que a oposição deles a Si mesmo no presente, mostra que eles próprios seriam perseguidores e assassinos dos proclamadores da mensagem dos profetas. Esse é também o nosso teste: uma coisa é olhar para trás e louvar homens famosos, mas isso pode ser pura hipocrisia se não aceitamos, no presente, aqueles que pregam a mesma mensagem deles. Será que somos mesmo admiradores da Reforma, daqueles grandes profetas de Deus?

Há, felizmente, a forma correta de relembrar o passado. .A maneira correta de relembrar a Reforma é, portanto, verificar a mensagem, a Palavra de Deus, como foi proclamada, e isso não apenas por um interesse histórico ou por tradição mas para que possamos imitar a fé demonstrada pelos reformadores. Devemos observar aqueles eventos e aqueles homens, para que possamos aprender deles e seguir o seu exemplo, discernindo a sua mensagem e aplicando-a aos nossos dias. Celebremos a lembrança da Reforma Protestante não como um aniversário, mas sim como UM MEMORIAL DE FÉ.

SOLI DEO GLORIA




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ARTIGO - VAMOS ABENÇOAR AS NOSSAS FAMÍLIAS !



Vamos abençoar nossa família sendo um exemplo dentro de casa. O que somos no lar é o que refletimos no mundo. Uma família onde o marido agride a esposa com palavras e atitudes; uma família onde a esposa não se submete ao marido, antes o trata com desprezo. Uma família onde os pais provocam os filhos à ira e os tratam com amargura, deixando-os desanimados. Uma família onde os filhos desonram os pais e rejeitam seu ensino e exemplo não pode servir a Deus nem ser luz para outras famílias. Precisamos de famílias que vivam em harmonia, que cultivem relacionamentos saudáveis, que andem segundo as balizas da própria Palavra de Deus.

Vamos abençoar nossa família através do abandono de práticas que desonram ao Senhor. Uma família feliz é aquela que busca a santificação. Que lança fora de sua casa aquilo que é abominável ao Senhor. Que não põe diante dos seus olhos coisa imunda. Que não introduz dentro de sua casa bens mal adquiridos. Que não transforma o lar num ambiente de intriga, discussões amargas e maledicências sem fim. A família feliz ama a Deus e odeia o pecado. A família bem-aventurada abandona toda forma de mal e busca ansiosamente as coisas lá do alto, onde Cristo vive.

Vamos abençoar nossa família através da renovação de propósitos elevados que glorificam ao Senhor.Devemos manter sempre acesa no altar da família a chama da oração. Precisamos amar a Casa de Deus, tendo prazer de buscar em primeiro lugar o Reino de Deus e sua justiça. Devemos restabelecer no lar a prática do diálogo regado de compreensão e amor. Você recebeu poder de Deus para abençoar a sua família. Vamos ministrar vitória aos nossos lares em nome de Jesus !


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ESTUDO - A CRUZ DE CRISTO, MENSAGEM CENTRAL DO EVANGELHO




UM ESTUDO EM 1 CORÍNTIOS 2:1-16


INTRODUÇÃO
: Este estudo é o primeiro de uma série de três estudos cujo conteúdo doutrinário é soteriológico, ou seja, tratam da Doutrina da Salvação conforme a exposição feita pelo apóstolo Paulo em suas Cartas. Escrevendo aos coríntios, ele ressalta a importância da Cruz como mensagem central (e fundamental) do Evangelho.
Corinto era um dos mais importantes centros da filosofia grega e era também um dos maiores centros de perversão e imoralidade do primeiro século. Tanto a prostituição como o homossexualismo eram praticados abertamente na cidade e associados à prática religiosa. Havia em Corinto também os falsos apóstolos que tentavam corromper a Palavra (2 Co 11:1-6). A integridade do evangelho estava sendo comprometida em Corinto, como está sendo hoje. Atualmente também se prega:
• Um evangelho misturado com filosofia (liberalismo);
• Um evangelho misturado com ideologias políticas (teologia da libertação);
• Um evangelho misturado com experiencialismo heterodoxo (neopentecostalismo);
• Um evangelho misturado com pragmatismo (igreja mercado).
Para corrigir esses problemas, Paulo expõe os fundamentos da mensagem do evangelho.

I. O EVANGELHO CENTRALIZA-SE NA MORTE DE CRISTO – v. 1-5

a)O ponto central do Evangelho é a cruz-v. 2. A morte de Cristo não é uma doutrina periférica, mas central no Cristianismo. A expiação, a morte substitutiva de Cristo é o ponto culminante do evangelho. A cruz aponta para a justiça de Deus e para o amor de Deus. A mesma cruz, que é escândalo para os judeus e loucura para os gregos é a própria essência do evangelho. Paulo não anuncia simplesmente a Jesus como o homem perfeito, o modelo de uma nova ética, o supremo mestre da espiritualidade, mas fala de Jesus crucificado. É no Cristo crucificado que se encarna a sabedoria de Deus. Temos visto hoje se alastrar no Brasil um evangelho humanista, pragmático, centrado no homem (cura, prosperidade etc).

b)Paulo só falou do evangelho – v. 1-2,4. Ele não foi a Corinto criar um fã clube, buscando glória para si mesmo (v. 1).Ele foi a Corinto não para expor idéias rebuscadas do pensamento humano, mas sim para anunciar o testemunho de Deus, ou seja, o evangelho (v. 1). Para ele, o seu ministério (v. 2) não tem outro tema, outro assunto, outra paixão a não ser Cristo. Cristo é tudo e em todos. Nem política, nem filosofia, nem dinheiro – a vida para Paulo era anunciar Cristo. Muitos pregadores engrandecem a si mesmos de tal forma que não podemos ver a Jesus. Devemos nos gloriar apenas na cruz de Cristo (Gl 6:14).

c)Paulo pregou o evangelho como servo-v. 3-4. Embora fosse um apóstolo, ele veio a Corinto sem presunção, sem autoconfiança, mas com humildade, sabendo da sublimidade do seu ministério e da grandeza da sua mensagem (At 18:9; 2 Co 10:10). Ele dependia somente do poder do Espírito Santo. Sua pregação não era uma demonstração de cultura e conhecimento secular, mas era uma demonstração do Espírito e de poder: vidas transformadas, milagres, a ação de Deus libertadora através da ministração da Palavra Viva.

d)Paulo pregou o evangelho com propósito – v. 5. Ele desejou que os coríntios confiassem em Deus e não no mensageiro. O mais importante é a mensagem (o evangelho) e não o mensageiro. O vaso é de barro, mas o conteúdo é o tesouro. Quem é Paulo? Ninguém? Quem é Deus? Deus é o Senhor de tudo e de todos. A palavra é de Deus e ponto final!

2. O EVANGELHO É O PLANO ETERNO DE DEUS E A SUA SABEDORIA – v.6-9

a)O evangelho é a sabedoria de Deus. Jesus Cristo crucificado é a sabedoria de Deus. A verdadeira sabedoria não é a filosofia, mas o evangelho.

b)A origem da verdadeira sabedoria – v. 7. Ela não procede dos homens, mas de Deus. Ela não é engendrada na história, mas na eternidade. Nossa salvação foi planejada por Deus na eternidade. Até a morte de Cristo estava nos planos de Deus (At 2:22-23; 1 Pe 1:18-20). O evangelho não é uma idéia tardia, mas uma coisa planejada na mente de Deus desde a eternidade. A sabedoria não foi descoberta pelo homem, mas revelada por Deus. Mistério é uma verdade que ficou encoberta no tempo passado, mas agora essa verdade é revelada. O conhecimento de Deus não é adquirido por investigação humana (filosofia), mas por revelação. “Só conhecemos a Deus porque ele se revelou” afirma Calvino. O propósito dessa sabedoria não é apenas a glória de Deus, mas também a glória dos remidos – O plano de Deus sempre objetiva a plena glória de Deus (Ef 1:6, 12,14), mas também culminará em nossa glória, a nossa completa redenção (Jo 17:22-24; Rm 8:28-30).

c)O conhecimento da verdadeira sabedoria – v. 8. Essa sabedoria está escondida das pessoas não regeneradas. Os governantes de Roma e as autoridades judaicas não sabiam de fato quem era Jesus (a sabedoria de Deus). Os sábios deste mundo são ignorantes espirituais. Se os contemporâneos de Cristo soubessem quem Ele era, jamais o teriam crucificado. Jesus orou ao Pai: “Pai, perdoa-lhes, porque eles não sabem o que fazem” (Lc 23:34).

d)A ignorância espiritual é ao mesmo tempo: a causa de imenso mal e a ocasião de um imenso bem (2:8-9). 1) A causa de um imenso mal, porque crucificaram o Senhor da glória cometendo a mais terrível injustiça (Ele era inocente), revelando a mais profunda ingratidão (Ele só fez o bem) e a mais terrível crueldade (crucificaram-no). Mas foi a ocasião para um imenso bem (2:9), pois porque Jesus foi crucificado em nosso lugar, Deus preparou para nós o que nenhum olhou viu, nem ouvido ouviu nem coração sentiu. A morte de Cristo trouxe vida ao mundo. A vida com Deus.

e)Os dons da verdadeira sabedoria – v. 9. O que a percepção humana não pode alcançar (olhos, ouvidos, sentimento), Deus revelou pelo seu Espírito. O Senhor preparou essas coisas maravilhosas para nós (v.7). Essa sabedoria só foi descoberta através da revelação de Deus e não da investigação humana.Os céus, as bem-aventuranças eternas, estão muito além da percepção e descrição humana. Elas foram preparadas por Deus para aqueles que o amam.

3. O EVANGELHO É REVELADO PELO ESPÍRITO SANTO ATRAVÉS DA PALAVRA – V. 10-16

a)Nossa salvação envolve a Trindade: Ninguém pode ser salvo a não ser pela graça eletiva de Deus (v. 7), pela morte substitutiva de Cristo (v.2) e pela ação regeneradora do Espírito Santo (v. 12). Paulo enfatiza a ação do Espírito Santo:
• O Espírito Santo habita nos crentes – v. 12.
• No momento que você crê em Cristo, o Espírito Santo entra no seu corpo e faz dele um templo da sua habitação (6:19-20).
• Ele batiza você no corpo de Cristo (12:13);
• Ele sela você (Ef 1:13, 14)
• Ele permanece em você (Jo 14:16).

b)O Espírito Santo sonda os crentes e as coisas profundas de Deus – v. 10-11. • Eu não posso saber o que vai dentro do seu coração, mas o seu espírito sabe. Assim, eu não posso conhecer as coisas profundas de Deus (2:9), sem ter o Espírito Santo. Ninguém de fora de Deus pode saber o que acontece em Deus. Só o Espírito Santo que é Deus conhece a Deus plenamente e O revela para nós através da Sua Palavra.

c)O Espírito Santo ensina os crentes – v. 12b, 13.Jesus prometeu que o Espírito Santo nos ensinaria (Jo 14:26) e nos guiaria (Jo 16:13). Ele nos ensina através da Palavra (Jo 17:8). O Espírito nos ensina, levando-nos a comparar coisas espirituais com espirituais – A Bíblia interpreta a Bíblia (2:13). É de suprema importância que os crentes tenham tempo para ler e meditar na Palavra.

d)O Espírito Santo leva os crentes à maturidade espiritual – v. 14-16.O descrente não entende (mente) nem aceita (vontade) as coisas de Deus. Não entende porque elas se discernem espiritualmente e ele não tem o Espírito. Não aceita porque o evangelho parece loucura para ele. O homem natural, que é o homem sábio segundo este mundo (1:19, 20; 2:4-6) não entende nem aceita as coisas de Deus. O crente julga (discerne) todas as coisas (a vida espiritual e a sabedoria humana), mas o homem não regenerado não discerne a vida do crente (2:15). O homem espiritual entende as coisas do homem e as coisas de Deus. Ele julga tanto as coisas humanas como as coisas divinas. Ele tem a mente de Cristo, pois ele discerne as coisas de Deus.


CONCLUSÃO: Rejeitar o evangelho é rejeitar a sabedoria de Deus e, a mente de Cristo. Nós temos a mente de Cristo, pois aceitamos e proclamamos a sabedoria de Deus, a cruz de Cristo. A mensagem da cruz não é deste mundo – v.1-6, pois foi ordenada antes deste mundo – v. 7-8. A mensagem da cruz nos traz bênçãos para além deste mundo – 9-16. Que possamos cantar: “Sim eu amo a mensagem da cruz!”.







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ARTIGO: A SALVAÇÃO, O MAIOR DOM DE DEUS



A Bíblia diz que Deus nos escolheu em Cristo antes dos tempos eternos. Não fomos nós quem escolhemos a Deus, mas ele quem nos escolheu. Ele nos amou primeiro. Sua escolha é soberana, livre e incondicional. Deus não nos escolheu por causa da nossa fé, mas para a fé. Ele não nos escolheu por causa da nossa santidade, mas para a santificação. Ele não nos escolheu por causa das nossas boas obras, mas para as boas obras. Ele não nos escolheu por causa da nossa obediência, mas para a obediência. A todos quantos Deus elege, ele chama eficazmente. Toda ovelha de Cristo ouve a sua voz e o segue. Todo aquele que o Pai dá a Jesus, esse vem a ele. É a bondade de Deus que nos conduz ao arrependimento. A fé salvadora é dom de Deus, é Ele quem abre o nosso coração para crermos em Cristo. Somos gerados e nascidos de Deus, pelo Espírito.

Quando cremos em Cristo, somos declarados justos aos olhos de Deus, por causa sacrifício perfeito e eficaz de Cristo em nosso lugar e em nosso favor. Nenhuma condenação há mais para aqueles que estão em Cristo Jesus. A condenação que devia cair sobre nós foi lançada sobre Jesus na cruz e a plena justiça de Cristo foi depositada em nosso favor.

Quando cremos no Senhor Jesus somos regenerados pelo Espírito e selados por ele como propriedade exclusiva de Deus. Somos templo do Espírito Santo. Ninguém pode violar essa propriedade que Deus comprou com o sangue do seu Filho. Ninguém pode nos arrancar das mãos daquele que deu sua vida por nós. Estamos seguros em Deus. Temos dois intercessores: O Espírito Santo intercede em nós e Cristo intercede por nós junto ao trono da graça. Jesus pode nos salvar totalmente porque morreu por nós, ressuscitou para a nossa justificação e está à destra de Deus Pai como o nosso grande Sumo Sacerdote.

Que possamos viver esta doutrina maravilhosa sabendo com certeza e convicção de forma incontestável que a segurança da nossa salvação fundamenta-se em quem Deus é e no que Ele fez por nós e não no que fazemos para ele. Tudo provém de Deus e todos as coisas são para Ele. Ao Senhor glória, honra, poder e majestade para sempre.



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ESTUDO BÍBLICO:OS PERIGOS DA INCREDULIDADE





“NENHUM DOS HOMENS QUE, TENDO VISTO A MINHA GLÓRIA... ME PUSERAM À PROVA E NÃO OBEDECERAM À MINHA VOZ... VERÁ A TERRA QUE COM JURAMENTO PROMETI A SEUS PAIS”:

Os Perigos da Incredulidade
UM ESTUDO EM NÚMEROS 13,14

Introdução: A trajetória dos filhos de Israel em sua peregrinação no deserto se constitui, como afirma a própria Bíblia, em exemplo para nós enquanto Igreja do Senhor Jesus. Apesar de todos os sinais e maravilhas que Deus operou na vida do povo hebreu, os incrédulos, desobedientes e murmuradores não entraram na terra prometida. A Doutrina da Eleição não isenta o crente que deliberadamente peca contra o conhecimento e a revelação de Deus. Uma vez conhecendo o Senhor, precisamos viver a fé com temor e tremor, senão estaremos tentando a Deus como fizeram os filhos de Israel e arcando com o Seu justo juízo. Vejamos que lições podemos aprender e aplicar às nossas vidas.

I. A MALIGNIDADE DA DÚVIDA

a) Deus já havia prometido a terra (Dt 1.19-22) e já havia feito uma descrição da terra (Dt 8.7-9).Os israelitas duvidaram da Palavra de Deus e das Suas promessas. Pensaram que conquistariam a terra pelos seus esforços e não pela intervenção soberana de Deus.
b)O povo só comprovou o que Deus já havia falado: “A terra de fato é boa”.(Nm 13.27).A incredulidade sempre descobre impossibilidades, olha para as circunstâncias, para os obstáculos e não para Deus. (Nm 13.28).Em meio à dúvida é preciso coragem para romper com a incredulidade como fez Calebe, (Nm 13.30).

II. A INCREDULIDADE É ALGO CONTAGIOSO PORQUE:

a)Gera um Senso de fraqueza, v. 31 - “Não poderemos subir...”. Eles riscaram as promessas de Deus, anularam a Palavra de Deus, o poder de Deus e só enxergaram os obstáculos. Por isso se sentiram fracos, impotentes, incapazes.
b)Alimenta um Complexo de inferioridade, v. 31 - “... porque é mais forte do que nós”.As cidades eram grandes, mas Deus é maior. As muralhas eram altas, mas Deus é o Altíssimo. Os gigantes eram fortes, mas Deus é o todo poderoso. A fé olha para Deus e vence as dificuldades. A incredulidade vê as dificuldades e duvida de Deus.
c)Fomenta desespero e desânimo nos outros, v. 32 - “E diante dos filhos de Israel infamaram a terra”.
d)Faz crescer a baixa auto-estima, v. 33 - “... e éramos aos nossos próprios olhos como gafanhotos”.Eles eram príncipes, líderes, nobres, homens de força, mas se encolheram. Sentiram-se como gafanhotos, sob as botas dos gigantes. De príncipes a gafanhotos. De filhos do rei a insetos. Estavam com a auto-imagem arrasada.

e)Distorce a visão da realidade - v. 33 - “... éramos gafanhotos aos seus olhos”.Eles eram gigantes e o povo de Deus, pigmeus. Eles eram fortes e os judeus fracos. Eles eram muitos e Israel poucos. Eles viviam em cidades fortificadas e o povo de Deus estava no deserto. Eles eram guerreiros e os israelitas peregrinos. Mesmo hoje, muitos filhos de Deus continuam se arrastando no pó, se sentindo indignos, fracos, menos do que príncipes, menos do que homens, menos do que gente, gafanhotos, insetos.

3. AS CONSEQUÊNCIAS DA INCREDULIDADE

· Conduziu o povo ao desespero (14.1).Toda a congregação chorou. Só viram suas impossibilidades e não as possibilidades de Deus. Ficaram esmagados de desespero. Não viram saída. Não viram solução. Em Êxodo 15.13-18 olharam para Deus e cantaram. Agora olhavam para o inimigo e choravam.
· Conduziu o povo à murmuração - 14.2. O povo em vez de se voltar para Deus, se voltou contra Deus. Em vez de ver Deus como libertador, o viu como opressor. Acusaram a Deus. Murmuraram contra Ele. Quantos que se dizem crentes ainda hoje fazem a mesma coisa!
· Conduziu à ingratidão - 14.2. “... antes tivéssemos morrido no Egito”.O povo se esqueceu da bondade de Deus, do livramento de Deus, das vitórias que Deus lhes dera.
· Conduziu à insolência contra Deus, 14.3. Acusaram a Deus. Infamaram a Deus. Insultaram a Deus. Disseram que Deus era o responsável pela crise.
· Conduziu à apostasia - 14.3 - “Não nos seria melhor voltar ao Egito?”.Não há nada que entristece mais o coração de Deus do que ver o seu povo desejoso de voltar ao mundo e ao Egito. Eles se enfastiaram de Deus, da sua direção, da sua companhia e sustento. Eles se esqueceram dos benefícios de Deus e dos açoites dos carrascos. Quando você deixa a igreja e volta para o mundo, para o pecado, só vê gigantes diante de você e não o poder de Deus. Isso leva à apostasia e fere o coração de Deus.
· Conduziu à amotinação - 14.4. Queriam outros líderes que os guiassem de volta ao Egito. Rebelaram-se contra Deus. Não queriam mais seguir o comando de Moisés. Houve uma insurreição, uma conspiração no meio do povo.
· Conduziu à rebeldia contra Deus, 14.9. Amar mais o Egito que o Deus da promessa é rebeldia. Não crer no Deus todo poderoso e se intimidar diante dos gigantes deste mundo é rebeldia. Não andar pela fé é rebeldia.
· Conduziu ao medo do inimigo, 14.9. O medo vê fantasmas e altera as situações. Josué e Calebe viram os inimigos como pão que seriam triturados. O povo viu os inimigos como gigantes. O povo se viu como inseto. Josué e Calebe se viram como povo imbatível.
· Conduziu à perseguição contra os líderes - 14.10.Em vez de obedecer à voz de Deus, o povo rebelde decidiu apedrejar os homens de Deus. Não queriam mudar de vida, por isso, queriam mudar de liderança e se ver livre dela. Quantos culpam os pastores pelas provações e por seus próprios pecados.

III. O QUE FAZER NA HORA DA INCREDULIDADE

· Quebrantar-se diante de Deus, 14.5,6. Não adianta discutir, brigar, argumentar, fomentar, jogar uns contra os outros, espalhar boatos. É preciso quebrantamento. É preciso se humilhar debaixo da poderosa mão de Deus.
· Firmar-se na verdade que Deus diz, 14.7. Não devemos ser levados pelos comentários, pelas críticas, pela epidemia do desânimo. Devemos nos fixar no que Deus diz. Devemos nos estribar na experiência daqueles que confiam em Deus.
. Mostrar ao povo como vencer os gigantes, 14.8. a) “Se o Senhor se agradar de nós”, v. 8. Quando Deus se agrada de nós, somos imbatíveis. Deus tem se agradado de você? b) “O Senhor é conosco, não os temais”, v. 9. A nossa vitória não advém da nossa força, mas da presença de Deus conosco; c) “Tão somente não sejais rebeldes contra o Senhor” - v. 9. A única condição de vitória é deixar de mão a rebeldia. Fé e obediência são inseparáveis.
. Orar intercedendo, 14.13-20.A oração de Moisés evitou um desastre. Moisés não agrediu o povo, mas suplicou a Deus em seu favor. A despeito do pecado, ele ora e está preocupado com a honra de Deus. Quando o povo de Deus está em crise, nós comprometemos a reputação de Deus. Orar é lutar para que o nome de Deus seja exaltado.

IV. COMO DEUS TRATA A QUESTÃO DA INCREDULIDADE NO MEIO DO SEU POVO

· Deus traz livramento aos que crêem na sua Palavra, 14.10, mas mostra Seu cansaço com a incredulidade do povo diante das evidências, 14.11.
· Deus perdoa o povo em resposta à oração e remove o castigo, 14.20.Perdoados, eles não seriam destruídos totalmente ali em Cades Barnéia.
· Deus não retira as conseqüências do pecado, 14.21-23,27-35.O pecado está perdoado, mas as cicatrizes ficam como advertência.
· Eles viram a glória de Deus e os seus grandes Milagres, mas mesmo assim: a) puseram Deus à prova dez vezes, v.22; b) não obedeceram à voz de Deus - v. 22 e c) desprezaram a Deus, v. 23.

V. O JUÍZO DE DEUS
· Mudou o rumo da viagem deles, v. 25.O pecado é praticado num momento, mas custa anos de pagamento - v. 34.
· Eles não veriam a terra, v. 29-31. Eles não teriam o que desprezaram - v. 31. 5. Eles teriam o que desejaram - morrer no deserto, v. 31.
· Deus galardoa os que crêem, 14.24,25. Calebe perseverou em seguir a Deus, v.24.
· Deus julgou com castigo os amotinadores que insuflaram o povo, 14.36-38.
· Deus não aceita ativismo quando não existe santidade e obediência, 14.39-45.a) Não há vitória e prosperidade onde há desobediência - v. 41; b) Não há vitória onde o Deus da vitória está ausente - v. 42; c) Não há presença e nem vitória de Deus, onde as pessoas se desviam da vontade de Deus - v. 43; d) Não há compromisso de Deus de abençoar um povo que desobedece A Sua Palavra - v. 44,45.

CONCLUSÃO: A incredulidade nos impede de não só estar em comunhão perfeita com Deus, mas também nos impede de desfrutarmos das bênçãos que o Senhor nos concede.Quero conclamar a Igreja Betel a e todos os líderes a uma vida fé porque é hora de entrar na terra prometida da vida abundante. É hora de desafiar os gigantes. É hora de deixar de lado a incredulidade e confiar no Deus dos impossíveis. É hora de tapar os ouvidos às vozes agourentas do pessimismo e crer nas promessas infalíveis da Palavra de Deus. É hora de obedecer e não tentar a Deus como fizeram os filhos de Israel, uma vez que temos provado da bondade do Senhor e vivemos pela Sua Fidelidade. Vamos avançar, em nome de Jesus! Amém.
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