Soneto do Pensador



Com certeza o tempo passaria, que angústia crescente, dilacerante
Mas dentro da brevidade, ele tentaria ser eterno, quase infinito
Não iria procurar as razões, consolidaria os fundamentos óbvios
Por que no íntimo, um pouco mais profundo que o usual, singular talvez
Ele mais que questionador, procurava inovar a vida, gostava de acrescentar

E avançaria em seus objetivos,na intranqüilidade de uma contemplação
A intensidade e a grandiosidade, ele sabia, costumam elevar os sensíveis
Ainda que o banal fosse tônica dominante, ele se sabia diferente, era algo real
Porque aquele jeito de ser que ora o irritava ora enternecia mesmo trazendo dor
Era inerente, inevitável, vinha dele e nele se realizava inconstante e controvertido .

Mas, agradecer a quem pelo pensamento livre? Era tão cético, desencantando
Pensar sim, sua maior paixão o animava, mergulho naquilo que se chama história
Que quase sempre incluía a história do mundo, das gentes, ação e reação, guerra e paz
Histórias do ser e ter, não se esquecendo da história dos amores dele e dos outros
Amores sentidos, permitidos ,vividos, desejados e amores que surgiram e que passaram


Rev. Dionildo Dantas

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