
O amor entre um casal nasce de dois grandes fundamentos que não se explicam simplesmente acontece: afeição gratuita e desejo. Estes dois elementos geram a chamada paixão. As pessoas se apaixonam porque se identificam de uma forma ou de outra. Isso, no entanto, ainda não traduz o amor ideal. O amor vai nascendo aos poucos e crescendo com dois outros grandes adubos: respeito mútuo e afinidades. Sem respeito e consideração, não há alma, por mais gêmea que seja, que resista. O respeito faz parte da consideração mútua, da entrega mútua total, da valorização das pequenas coisas e das grandes conquistas. A afinidade faz a dupla invencível, traduz o mesmo sentimento, os mesmos alvos e as mesmas metas. Só pode viver um grande amor quem se entrega completamente e assume a tarefa árdua de viver para a felicidade do outro. O egoísmo e o egocentrismo são ervas daninhas na flor do grande amor.
O que me deixa triste é que os grandes poetas, compositores, artistas falaram muito de amor, de felicidade, de sexo e de entrega, mas todo esse discurso surgiu como resultante de uma vida infeliz afetivamente e desregrada moralmente. Muitos só falam de amor quando estão bêbados, tristes, abandonados; quando já estão autodestruídos. Podem até falar de amor como um sonho não realizado, mas jamais poderão vivê-lo. O amor não combina com prostituição, falta de dignidade, vícios e taras. O amor precisa de um coração verdadeiro para que possa ser também um sentimento verdadeiro, amadurecido e digno. Alma gêmea não existe, mas um grande amor, afirma a Bíblia “é forte como a morte”.
Rev Dionildo Dantas, Th D
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