
I. O PAPEL DA ESPOSA – V. 22-24
1. O problema da palavra
“submissão”. Devemos desvincular a palavra “submissão” dos sentidos
adulterados. A mulher não é inferior ao homem. Ela é tão imagem de Deus quanto
o homem. Ela foi tirada da costela do homem e não dos pés. Ela é auxiliadora
idônea (aquela que olha nos olhos) e não uma escrava. Aos olhos de Deus ela é
co-igual ao homem (Gl 3:28; 1 Pe 3:7). A
submissão da esposa ou de cada crente a Jesus é uma submissão absolutamente
exclusiva e voluntária. Todos nós somos servos de Cristo. Nunca se afirma,
porém, que a esposa deva ser escrava ou serva do marido. Nossa relação com
Jesus é uma relação de submissão completa, inteira e absoluta. Não é essa a
exortação dirigida às esposas. Se a submissão da esposa ao marido implicar na
sua insubmissão a Cristo, ela precisa desobedecer ao marido, para obedecer a
Cristo.
2. O que é submissão segundo a
Bíblia. A submissão da esposa ao marido não é igual a Cristo, mas por causa
de Cristo. A esposa se submete ao marido por amor e obediência a Cristo. A
esposa se submete ao marido para a glória de Deus (1 Co 10:31). A esposa se
submete ao marido para que a Palavra de Deus não seja blasfemada (Tt 2:3-5). A
submissão da esposa ao marido é sua liberdade e não a escravidão. A verdade liberta. A submissão da esposa ao marido é sua glória,
assim como a glória da igreja é ser submissa a Cristo. A submissão da igreja a
Cristo não a desonra nem a desvaloriza. A igreja só é feliz quando se submete a
Cristo. Quando a igreja deixa de se submeter a Cristo ela perde a sua
identidade, seu nome, sua reputação, seu poder. A submissão não é a um senhor
autoritário, autocrático, déspota e insensível, mas a alguém que a ama ao ponto
de dar sua vida. Da mesma forma, a submissão da esposa não é a um tirano, mas a
um marido que a ama como Cristo ama a igreja.